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Introdução

Ryuk: Tédio e caos no mundo humano

Imagem de Ryuk observando o mundo humano com seu sorriso sombrio

O mangá Death Note, escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata, é considerado uma das obras mais inteligentes e influentes do século 21. Misturando mistério, suspense e moralidade, a trama gira em torno de um simples objeto: um caderno da morte capaz de tirar a vida de qualquer pessoa cujo nome seja escrito nele.

Mas o que poucos lembram é que toda essa história só existe porque Ryuk, o shinigami que possuía o caderno, estava entediado. Sem nenhuma missão divina ou plano maligno, ele simplesmente decidiu “jogar o caderno no mundo humano” para ver o que aconteceria.

Segundo Ryuk:

“O mundo dos shinigamis está tão chato… Eu queria ver como um humano usaria isso.”


A escolha de Light Yagami

Light Yagami segurando o Death Note com expressão determinada

O caderno acaba caindo nas mãos de Light Yagami, um jovem brilhante, mas profundamente frustrado com a corrupção e injustiça do mundo. O que poderia ter sido apenas uma curiosidade passageira se transforma rapidamente em uma batalha filosófica entre justiça e poder absoluto.

Light não apenas aceita o Death Note — ele o vê como um instrumento para purificar o mundo. Sob o codinome Kira, ele começa a eliminar criminosos, acreditando estar construindo uma utopia. Tudo isso, claro, observado atentamente por Ryuk, que nunca interfere diretamente, mas se diverte com o caos que provocou.


Ryuk como símbolo da indiferença

O papel de Ryuk em Death Note vai além do humor negro. Ele representa algo mais profundo: a indiferença divina. Enquanto humanos lutam por moralidade, controle, poder e redenção, Ryuk assiste de longe como um espectador em um teatro trágico.

Ele nunca julga Light, nem L. Não escolhe lados. Não ajuda, nem atrapalha. Para Ryuk, tudo é entretenimento — o que contrasta com a seriedade obsessiva dos protagonistas. Essa abordagem levanta questões como:

  • O poder corrompe por si só, ou revela o que já está dentro de nós?
  • Até onde vai a justiça, quando ninguém está vigiando quem a aplica?
  • E se os “deuses” que nos observam apenas… não se importarem?

Curiosidade adicional: o design de Ryuk

O visual de Ryuk foi inspirado em pássaros necrófagos e tem traços de um palhaço sombrio, com sua maquiagem grotesca e sorriso irônico. Segundo entrevistas com Obata, a ideia era criar uma criatura que fosse estranha, mas não necessariamente maligna — alguém que causasse desconforto por ser imprevisível, e não por ódio.


Conclusão

Quem poderia imaginar que um simples ato de tédio resultaria em uma das narrativas mais intensas dos mangás? Ryuk não era vilão, herói, salvador ou justiceiro. Ele era apenas um ser entediado que, ao deixar um caderno cair na Terra, mudou para sempre a vida de milhões de leitores e espectadores.

A lição é clara: até mesmo os eventos mais caóticos podem ter origens banais — e isso torna Death Note ainda mais perturbador e genial.


☠️ Se o Death Note caísse nas suas mãos, o que você faria?
📓 Você acha que Ryuk teve razão em só assistir?
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Informações do Mangá

  • Nome: Death Note
  • Autores: Tsugumi Ohba (roteiro) e Takeshi Obata (arte)
  • Publicação original: 2003–2006 na Weekly Shonen Jump
  • Volumes: 12
  • Gênero: Mistério, psicológico, sobrenatural, suspense
  • Adaptações: Anime (2006), filmes live-action japoneses, filmes da Netflix, musical, novels, e one-shots extras

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